LA ALEGRÍA PERONISTA

martes, 9 de febrero de 2010

El derretimiento del Ártico es irreversible.

10/1/2010
'Mantidas as taxas atuais de emissões de gases estufa, o degelo do Ártico é irreversível''. Entrevista especial com Jorge Arigony Neto
A 15ª Conferência das Nações Unidas (COP-15) chegou ao fim sem um texto final, muito criticada por não ter acordo relevante e não tratar das mudanças climáticas com o cuidado extremo que o problema exige. Como é o caso do degelo no Ártico. Uma pesquisa feita no Instituto Polar Norueguês apontou que, nos últimos 14 ou 15 milhões de anos, a parte central do Ártico tem estado permanentemente gelada, e que as mudanças climáticas podem fazer com que o gelo se dissolva no verão, o que vai ser, numa perspectiva ecológica, uma situação dramática.

A IHU On-Line entrevistou o geógrafo Jorge Arigony Neto, que analisou a situação atual do Ártico. “As possíveis consequências do derretimento do gelo marinho permanente do Ártico são diversas e vão desde um possível impacto na circulação atmosférica do hemisfério norte, até o enfraquecimento na formação de águas de fundo. Esta é necessária para manter a circulação dos oceanos como também é responsável pela distribuição de calor dos trópicos para as regiões polares e alteração do habitat de diversos organismos, como bactérias, algas, crustáceos, pássaros marinhos, focas, ursos polares e baleias. Além disso, há também os próprios povos nativos do Ártico, os quais possuem o seu hábito de vida nômade associado a caça e pesca no limite do gelo marinho e estão cada vez mais sedentarizados em cidades”, detalhou durante a entrevista que concedeu por e-mail.

Jorge Arigony Neto é graduado em geografia e mestre em Sensoriamento Remoto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É doutor em Geografia Física pela Albert-Ludwigs-Universität Freiburg, na Alemanha. Recebeu o título de pós-doutor pela UFGRS em 2008. Atualmente, é professor na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e representante brasileiro no Scientific Committee on Antarctic Research. Também é professor colaborador na UFGRS.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Estudos apontam que o Ártico ‘deixará de existir’ em duas décadas. Este previsão está correta?

Jorge Arigony Neto – Na realidade, o Ártico em si não deixará de existir. O que pode deixar de existir até 2030, segundo as estimativas mais recentes, é a cobertura permanente de gelo marinho do oceano Ártico. É importante mencionar que, segundo as estimativas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da ONU, o Ártico estaria livre de gelo no verão apenas no final do século. Porém, essa estimativa está sendo reconsiderada pela comunidade científica devido ao fato de que a porção de gelo marinho permanente está se tornando cada vez menos espessa, o que a torna mais suscetível ao derretimento no verão.

IHU On-Line – Com o derretimento do Ártico, quais são as consequências para o mundo?

Jorge Arigony Neto –Bem, as possíveis consequências do derretimento do gelo marinho permanente do Ártico são diversas e vão desde um possível impacto na circulação atmosférica do hemisfério norte, até o enfraquecimento na formação de águas de fundo. Esta é necessária para manter a circulação dos oceanos como também é responsável pela distribuição de calor dos trópicos para as regiões polares e alteração do habitat de diversos organismos, como bactérias, algas, crustáceos, pássaros marinhos, focas, ursos polares e baleias. Além disso, há também os próprios povos nativos do Ártico, os quais possuem o seu hábito de vida nômade associado a caça e pesca no limite do gelo marinho e estão cada vez mais sedentarizados em cidades.

IHU On-Line – Em outubro desse ano, foi divulgado o desaparecimento da mais grossa camada de gelo do Ártico. Que efeitos já ocorrem a partir disso?

Jorge Arigony Neto – Até o momento, nenhuma efeito foi detectado, mas esperamos um maior derretimento no verão de áreas que estão cobertas por gelo marinho durante o ano todo.

IHU On-Line – Os impactos globais do degelo do Ártico já podem ser percebidos?

Jorge Arigony Neto – Sim, alguns estudos têm indicado um declínio na população de ursos polares associado à diminuição da área coberta por gelo marinho. Além disso, estima-se que o próprio aquecimento que está ocorrendo no Ártico possa estar sendo reforçado pela maior quantidade de radiação absorvida pelo oceano em áreas onde o gelo marinho já não está mais presente durante o verão.

IHU On-Line – Qual a importância do sensoriamento remoto da criosfera, hoje, para se entender os problemas com o meio ambiente e com o clima da Terra?

Jorge Arigony Neto – O sensoriamento remoto (técnica de obtenção de informações sobre objetos ou fenômenos sem que haja contato físico direto com eles) nos permite obter informações de extensas regiões do planeta cobertas por gelo e neve, o que é difícil de fazer através de métodos convencionais baseados apenas na pesquisa de campo. Essas informações sobre parâmetros das massas de gelo sensíveis às variações ambientais nos fornecem subsídios para alimentar e/ou validar os modelos de estabilidade e previsão do clima do planeta.

IHU On-Line – Quais as contribuições do Brasil nas pesquisas realizadas sobre o assunto?

Jorge Arigony Neto – As contribuições brasileiras para as pesquisas na área de sensoriamento remoto da Criosfera ainda são bastante incipientes, estando concentradas no desenvolvimento de métodos para a extração de informações confiáveis sobre as massas de neve e gelo do planeta a partir da utilização de imagens de satélites. Porém, com a recente criação do novo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, tivemos a oportunidade de instituir o Grupo de Sensoriamento Remoto da Criosfera, onde poderemos formar, junto com o Prof. Jefferson Simões da UFRGS e o Prof. Maurício Mata da FURG, a primeira equipe nacional treinada para o monitoramento da Criosfera. Com isso, pretendemos estabelecer a capacidade de geração de dados que nos permitam estudar a influência de parâmetros climáticos sobre as massas de gelo e desenvolver modelos de suscetibilidade da Criosfera às mudanças climáticas.

IHU On-Line – Pode-se dizer que o degelo do Ártico é irreversível?

Jorge Arigony Neto – Sim, se forem mantidas as taxas atuais de emissões de gases estufa, podemos dizer que o degelo do Ártico é irreversível, tanto no que se refere ao gelo marinho quanto ao gelo continental. Além disso, podemos ir além e afirmar que o derretimento do gelo marinho do Ártico colabora ainda mais para o aumento da temperatura da região através da retroalimentação climática. Ou seja, o gelo marinho reflete entre 50 e 70% da radiação incidente sobre ele, enquanto que o oceano absorve até 70% dessa radiação, a qual estará disponível para aquecer ainda mais a região conforme vá ocorrendo o derretimento do gelo marinho.

IHU On-Line – Qual a situação da Antártida, hoje?

Jorge Arigony Neto – Ao contrário do Ártico, que consiste de um oceano coberto por uma fina camada de gelo marinho (um a três metros de espessura) durante boa parte do ano, a Antártica é um continente coberto por um manto de gelo glacial com até três quilômetros de espessura em alguns pontos. Nesse continente, o que mais tem preocupado a comunidade glaciológica é a possível instabilidade da porção oeste do manto de gelo, a qual possui o contato entre o gelo e a rocha abaixo do nível do mar, sendo suscetível a um possível aquecimento das águas oceânicas da periferia da Antártica, e teria condições de drenar gelo suficiente para aumentar o nível médio dos mares em 3,3 metros em poucas décadas.

Para ler mais:

10/1/2010


"Mantener las tasas actuales de emisiones de gases de efecto invernadero, el derretimiento del Ártico es irreversible.'' Entrevista especial con Jorge Neto Arigony


La 15 ª Conferencia de Naciones Unidas (COP-15) llegó a su fin sin un texto final, ampliamente criticado por no tener el correspondiente acuerdo y no hacer frente al cambio climático con la extrema cautela que requiere el problema. Como es el caso de la fusión en el Ártico. Una encuesta realizada en el Instituto Polar Noruego, encontró que en los últimos 14 o 15 millones de años, el Ártico central ha sido permanentemente congelado, y que el cambio climático podría provocar la disolución del hielo en el verano, que se una perspectiva ecológica, una situación dramática.

El IHU On-Line entrevistó al geógrafo Arigony Jorge Neto, quien analizó la situación actual del Ártico. "Las posibles consecuencias de la fusión de los hielos marinos permanentes en el Ártico son diversas, que van desde un posible impacto en la circulación atmosférica en el norte, el debilitamiento en la formación de aguas profundas. Esto es necesario para mantener la circulación de los océanos, pero también se encarga de distribuir el calor desde los trópicos hasta las regiones polares y modificar el hábitat de varios organismos tales como bacterias, algas, crustáceos, aves, focas, osos polares y ballenas. Además, existen también los propios pueblos indígenas en el Ártico, que tienen su forma nómada de vida relacionado con la caza y la pesca en el borde del hielo marino y las ciudades son cada vez más sedentaria, detallados en una entrevista por correo -- de correo electrónico.

Arigony Jorge Neto tiene una licenciatura en Geografía y Máster en Teledetección de la Universidad Federal de Rio Grande do Sul tiene un doctorado en Geografía Física de Albert-Ludwigs-Universität Freiburg, Alemania. Recibió un post-doctorado de UFGRS en 2008.Actualmente es profesor en la Universidad Federal de Río Grande (FURG) y el representante de Brasil en el Comité Científico de Investigaciones Antárticas. También es profesor adjunto en UFGRS.

Echa un vistazo a la entrevista.

IHU On-Line - Los estudios muestran que el Ártico "dejará de existir" en dos décadas. Esta predicción es correcta?

Arigony Jorge Neto - De hecho, el Ártico en sí mismo no dejan de existir. ¿Qué se puede dejar de existir en 2030, según las últimas estimaciones, es la cobertura permanente de hielo marino del Océano Ártico. Cabe señalar que, según las estimaciones del Grupo Intergubernamental de Expertos sobre el Cambio Climático (IPCC, en Inglés) de las Naciones Unidas, el Ártico podría estar libre de hielo durante el verano hasta finales de siglo. Sin embargo, esta estimación está siendo revisado por la comunidad científica por el hecho de que la cantidad de hielo permanente se está convirtiendo más delgado, haciéndolo más susceptible a la fusión en el verano.

IHU On-Line - Con el derretimiento del Ártico, ¿cuáles son las consecuencias para el mundo?

Arigony Jorge Neto - Bueno, las posibles consecuencias de la fusión de los hielos marinos permanentes en el Ártico son diversas, que van desde un posible impacto en la circulación atmosférica en el norte, el debilitamiento en la formación de aguas profundas. Esto es necesario para mantener la circulación de los océanos, pero también se encarga de distribuir el calor desde los trópicos hasta las regiones polares y modificar el hábitat de varios organismos tales como bacterias, algas, crustáceos, aves, focas, osos polares y ballenas. Además, existen también los propios pueblos indígenas en el Ártico, que tienen su forma nómada de vida relacionado con la caza y la pesca en el borde del hielo marino y las ciudades son cada vez más sedentaria.

IHU On-Line - En octubre de ese año, se informó de la desaparición de la más gruesa de hielo en el Ártico. ¿Qué efectos se producen ya de esto?

Arigony Jorge Neto - Hasta la fecha, no se detectó efecto, pero se espera un mayor deshielo en el verano de las zonas que están cubiertas por el hielo del mar durante todo el año.

IHU On-Line - El impacto mundial de la fusión en el Ártico ya son evidentes?

Arigony Jorge Neto - Sí, algunos estudios han indicado una disminución en la población de osos polares se asocia con la disminución del área cubierta por hielo marino. Por otra parte, se estima que el calentamiento actual que se está produciendo en el Ártico puede ser reforzada por la mayor cantidad de radiación absorbida por el océano en las zonas donde el hielo marino ya no está presente durante el verano.

IHU On-Line - ¿Cuán importante es la teleobservación de la criosfera, hoy, para comprender los problemas con el medio ambiente y el clima de la Tierra?

Arigony Jorge Neto - Teledetección (una técnica para obtener información acerca de objetos o fenómenos sin contacto físico directo con ellos) nos permite recuperar información de vastas regiones del planeta cubierta por el hielo y la nieve, que es difícil de hacer por métodos basado únicamente en la investigación de campo convencional. Esta información acerca de los parámetros de las masas de hielo sensibles a los cambios en las subvenciones de medio ambiente para proporcionar alimentos y / o validar los modelos de estabilidad y de predicción del clima mundial.

IHU On-Line - ¿Cuáles son las contribuciones de Brasil en la investigación sobre el tema?

Arigony Jorge Neto - Brasil contribuciones a la investigación en materia de teleobservación de la criosfera son todavía muy incipiente, que se concentre en el desarrollo de métodos para la extracción de información fiable sobre las masas de nieve y hielo en el planeta de la utilización de imágenes satélites. Pero con la reciente creación del nuevo Instituto Nacional de Ciencia y Tecnología de la criosfera, hemos sido capaces de establecer el Grupo de Percepción Remota de la criosfera, donde se puede formar, junto con el profesor. Jefferson Simões da UFRGS y el profesor. Mauricio Mata FURG, el equipo nacional de primera capacitados para el control de la criosfera. Tenemos la intención de establecer la capacidad de generar datos que nos permiten estudiar la influencia de los parámetros climáticos en el hielo y desarrollar modelos de susceptibilidad de la criosfera al cambio climático.

IHU On-Line - Se puede decir que el derretimiento del Ártico es irreversible?

Arigony Jorge Neto - Sí, si se mantienen las tasas actuales de emisiones de gases de efecto invernadero, podemos decir que el derretimiento del Ártico es irreversible, tanto en relación con el hielo marino, como el hielo continental. Además, podemos ir más lejos y decir que el derretimiento del hielo marino en el Ártico contribuye más al aumento de la temperatura de la región a través del cambio de votos. Es decir, el hielo del mar refleja 50 a 70% de la radiación incidente sobre él, mientras que el océano absorbe hasta el 70% de esta radiación, que estará disponible para calentar la región más que ir como algo que ocurre la fusión del hielo marino.

IHU On-Line - ¿Cuál es la situación de la Antártida hoy en día?

Arigony Jorge Neto - A diferencia del Ártico, que consta de un océano cubierto con una capa delgada de hielo (de uno a tres metros de profundidad) para gran parte del año, la Antártida es un continente cubierto por un manto de hielo de los glaciares hasta tres kilometros de espesor en algunos lugares. En este continente que más ha preocupado a la comunidad glaciológicos es la posible inestabilidad de la parte occidental de la capa de hielo, que tiene el contacto entre el hielo y roca debajo del nivel del mar y es susceptible a un posible calentamiento de las aguas del océano desde la periferia la Antártida, y sería capaz de drenar suficiente hielo para elevar el nivel medio del mar por 3,3 metros en unas pocas décadas.

Para más información:
La importancia de Glaciología de entender el cambio climático en Brasil. Entrevista especial con Simões Jefferson

No hay comentarios:

Publicar un comentario